domingo, 16 de maio de 2010

Evento na FSP: "Parto e Nascimento Respeitoso - Do trauma ao prazer"

Amig@s!


Divulgando mais um evento, este na capital (SP) na Faculdade de Saúde Pública/USP
Acompanhem a programação:

Evento na FSP: "Parto e Nascimento Respeitoso - Do trauma ao prazer"


Neste mês de maio, o Departamento de Saúde Materno-infantil da FSP promoverá um ciclo de seminários intitulado Direitos e Saúde Materna. No dia 19/05 será realizado o evento “Parto e Nascimento Respeitoso: do Trauma ao Prazer”.
Na ocasião, será inaugurada a exposição de fotografias em comemoração à Semana Mundial de Respeito ao Nascimento (SMNR) 2010 - "Parir e Nascer, do trauma ao prazer".
Os eventos são co-organizados pelo Departamento de Saúde Materno-Infantil da FSP; GEMAS – Gênero e Evidência, Maternidade e Saúde; e Parto do Princípio – Mulheres em Rede pela Maternidade Ativa.
As inscrições para o evento “Parto e Nascimento Respeitoso: do Trauma ao Prazer serão isentas de taxa, e poderão ser feitas somente através deste site, até o dia 18/05.
Programação:


PARTO E NASCIMENTO RESPEITOSO: DO TRAUMA AO PRAZER


Data: 19/05
Horário: 14 às 17h
Faculdade de Saúde Pública – Auditório João Yunes


• 14:00 – Abertura: Gênero e Direitos Humanos no Parto Prof.ª Simone G Diniz
• 14:15 – Apresentação de vídeo com depoimentos de mulheres sobre suas experiências exitosas de parto e nascimento
• 14:30 – Apresentação da Rede Parto do Princípio: Mulheres e protagonismo no parto, do trauma ao prazer – Roberta Marcinkowski
• 15:00 – Transtorno de estresse pós-traumático pós-parto – Daniela de Ameida Andretto (Mestranda do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da USP)
• 15:30 – Satisfação no parto sob o ponto de vista das mulheres e dos profissionais de saúde – Helena Costa Lino (Mestranda do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da USP)
• 16:00 – Debate e relatos de experiências
• 17:30 – Encerramento


Serão fornecidos certificados de participação.


Mais informações com Simone G. Diniz - Tel 0 xx 11 3061 7124 - e-mail: sidiniz@usp.br


http://www.fsp.usp.br/boletim.php?&lang=pt&style=homepage&articleId=05151437201034&visionId=04110805200417&unitId=09111928200359&homepage=on

Com Carinho: Rê

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Parto na Água por Dra. Melania Amorim

Texto da Dra. Melania, grande referência em Ginecologia e Obstetrícia Humanizada no Brasil e no mundo.

PARTO NA ÁGUA

Muito tem se debatido sobre o parto na água: é seguro? Quais as vantagens? Há maior risco de infecção? Quais os riscos para o bebê? Existem contra-indicações? O fato é que cada vez essa modalidade de parto tem se tornado disponível em diversas maternidades e pode representar também uma opção
para os partos domiciliares (1).
A imersão em água durante o trabalho de parto tem sido referendada como um método útil para o alívio da dor do parto. Uma revisão sistemática disponível na Biblioteca Cochrane avalia a imersão em água durante o primeiro e o segundo estágios do parto (dilatação e expulsão, respectivamente) (2). Foram incluídos 11 ensaios clínicos randomizados (ECR) , dois dos quais avaliaram a imersão em água durante o período expulsivo. Nos ECR avaliando a imersão em água durante a fase de dilatação, observou-se significativa redução da dor e decréscimo da necessidade de analgesia farmacológica (peridural ou combinada). Os autores sugerem que a imersão em água durante o primeiro estágio do parto pode ser recomendada para parturientes de baixo-risco (2).


Nos dois ensaios clínicos avaliando o segundo estágio, ou seja, o parto assistido na água, não houve aumento do risco de desfechos maternos e neonatais adversos e verificou-se aumento da satisfação materna (3,4). No entanto, devido ao pequeno número de casos (240) e ao fato de várias mulheres randomizadas para ter parto na água na verdade pariram fora da água, não foi possível, as informações foram limitadas e os autores da revisão sistemática comentam que as evidências são insuficientes para recomendar ou contra-indicar o parto na água. Um outro ensaio clínico randomizado foi publicado depois desta revisão sistemática (5) e os seus resultados devem em breve ser incorporados, podendo gerar novas conclusões: neste estudo, verificou-se, além da redução da necessidade de analgésicos, menor duração do parto e redução do risco de cesárea no grupo que teve o parto na água.


Tendo em vista a escassez de ensaios clínicos randomizados (evidência nível I), e considerando que pode ser de fato difícil randomizar as mulheres para essa modalidade de parto, uma revisão sobre vantagens e desvantagens do parto na água deve se estender aos estudos observacionais, embora esses representem uma evidência de qualidade mais baixa (nível II) (6).


Alguns relatos de caso (7,8) sugerem efeitos prejudiciais para o recém-nascido, relacionando maior risco de desconforto respiratório no período neonatal. Entretanto, relatos de caso constituem um nível de evidência muito pobre (nível III ou IV), porquanto uma relação causal não pode ser estabelecida. Assim, estudos observacionais incluindo grande número de casos e comparando partos na água e fora da água devem ser privilegiados.


Um grande estudo publicado em 2004 comparou 3.617 partos na água e 5.901 controles (9). O parto na água se associou a redução das lacerações perineais, menor perda sanguínea e menor necessidade de analgesia de parto. Não houve diferença na taxa de infecção materna e neonatal. Outros estudos publicados nos anos subsequentes confirmaram esses achados, sugerindo que o parto na água representa uma alternativa valiosa e promissora ao parto fora da água (10, 11, 12, 13). O estudo mais recente foi publicado em 2007 e demonstrou ainda que a imersão em água se associou com menor duração tanto da fase de dilatação como da fase de expulsão do parto, sem aumento do risco de infecção materna e neonatal (14). Todos esses estudos destacam que critérios rigorosos de seleção foram observados e que essas conclusões só podem ser extrapoladas para parturientes de baixo-risco.


Uma preocupação constante de vários leigos e mesmo de alguns profissionais é o risco de aspiração de água, traduzido pelo receio de que “o bebê se afogue”. Devemos, porém, lembrar, que o bebê saudável só “respira” efetivamente quando sai da água. Imediatamente depois do nascimento em água morna (que inibe a respiração), o bebê se mantém como dentro do útero, quando estava imerso em líquido amniótico: a “respiração” não está estabelecida e as trocas gasosas seguem se efetuando através do cordão umbilical. Mantém-se intacto o reflexo de mergulho, de forma que mesmo uma ou duas gotas de água na laringe são suficientes para desencadear esta resposta, inibindo a inalação de líquido (15).


O risco de aspiração ocorre para os bebês deprimidos (com hipoxia grave), que podem até aspirar o próprio líquido amniótico e, por não terem um bom clearance pulmonar, não expelem o líquido aspirado (16). Deve-se concluir, portanto, que o parto na água não é uma boa opção quando existe o risco de sofrimento fetal e deve ser contra-indicado na presença de padrões anômalos de frequência cardíaca fetal (10-14, 17). Salienta-se que a monitorização da frequência cardíaca fetal é importante tanto para partos na água como fora da água, e seu rigor durante o trabalho de parto deve ser observado (17), de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) (18).


O American College of Obstetricians and Gynecology (ACOG) não tem posição oficial sobre o parto na água, e no Brasil a Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) também não se manifestou sobre o tema. Entretanto, na Inglaterra, tanto o Royal College of Obstetricians and Gynaecologists como o Royal College of Midwives explicitamente apóiam a imersão de água durante o trabalho de parto e o nascimento, tendo publicado uma diretriz específica sobre o assunto (17).


Em suma, respondendo aos questionamentos no início deste artigo, podemos concluir que o parto na água representa uma opção segura para parturientes de baixo-risco que assim o desejem, devendo-se respeitar a autonomia feminina com respeito à decisão do local de parto. Existem algumas vantagens, como redução da necessidade de analgesia, redução de episiotomia e lacerações espontâneas, menor duração do primeiro e do segundo estágio do parto e maior satisfação materna. Não foi documentado maior risco de infecção materna ou neonatal. O risco de aspiração só existe para bebês deprimidos ou acidóticos, de forma que a ausculta fetal é essencial para monitorização do trabalho de parto. Gestações de alto-risco e presença de padrões anômalos de frequência cardíaca fetal representam contra-indicações para o parto na água.


Dentro de uma filosofia de respeito à autonomia materna, as mulheres devem ser informadas sobre as evidências disponíveis acerca do parto na água, devendo fazer uma escolha livre e esclarecida. Possíveis riscos e contra-indicações devem ser discutidos e, como em qualquer procedimento durante a assistência ao parto, deve-se obter a assinatura do termo de consentimento. Fundamental ainda é que o parto na água deve ser assistido por profissionais habilitados com experiência nessa modalidade (17).

Vídeo de parto na água assistido por nossa equipe e disponível no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=3YBHDbx5kEM


Melania Amorim, MD, PhD
http://guiadobebe.uol.com.br/parto/parto_na_agua1.htm
Publicação 06/05/2010


quarta-feira, 12 de maio de 2010

Seminário de Humanização do Parto em Bauru

Divulgação do Seminário aos amigos da região e aqueles que tiverem a disponibilidade de se deslocar até Bauru. Será uma ótima oportunidade de aprimorar os estudos nessa linha de humanização e parto com profissionais muito bem conceituados. Aproveitem!

Com Carinho: Rê

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Nasceu Malik!

Celebrando a chegada de MALIK!

Acompanhei o parto de Pamela Belliato junto com seu marido Robson.
Quero parabenizar toda a família pelo mais novo membro e principalmente Pamela, grande guerreira  que superou muitos desafios para ter seu parto normal!!!
O parto aconteceu do Hospital São Francisco em Jacareí,  no amanhecer do dia 30 de abril. O "Rei" (significado de seu nome em árabe), Malik nasceu com 3,2kg, Apgar 9 (!!!) e o melhor de tudo: primeira gestação e sem laceração!

Relato de Parto e fotos em breve!

VIVA O NASCIMENTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!